Não há quem percorra os caminhos da vida isento das
dificuldades e situações desafiadoras.
As vidas tranquilas, os cotidianos previsíveis também têm
seus dias de dores, de problemas e de aflições.
Alguns surgem de repente, qual tsunami arrastando e
arrasando tudo que aparentemente parecia tão em ordem.
Outros se fazem tempestade de longo prazo, que se inicia
lenta, ganhando força com o tempo e arrancando o que haja pela frente.
Não poucos, no mundo, enfrentam os mais graves desafios.
Ora o companheiro, que parecia tão feliz ao nosso lado,
decide romper laços construídos no tempo e se evadir do lar, buscando
aventuras.
Outros há que, em exame de saúde rotineiro, descobrem a
doença invasiva, que já se instalou avassaladora.
Tantos são aqueles que, sob os camartelos do clima, veem o
lar, os amores, seus pertences serem levados de roldão em poucas horas,
sobrando o vazio.
São as aflições do mundo, as dores da vida a nos acompanhar
os dias de aprendizado.
Todas, independentemente da forma que se apresentem, são as
lições necessárias para nosso aprendizado.
Dores são oportunidades da alma para a reflexão, o
entendimento melhor dos porquês da vida.
Mas onde as dores nos encontrem não nos permitamos abraçar o
desespero e o desânimo.
Deus será sempre o provedor maior nas dificuldades e o
amparo constante ao nosso coração combalido.
Se atravessamos dias difíceis, muitas vezes sob um silêncio
dolorido e ignorado, amparemo-nos em Deus.
Se sentirmos a solidão dolorida e imensa na alma, mesmo na
multidão bulhenta que nos acompanha o caminhar, refugiemo-nos em Deus.
Se aflições nos tomam a alma, a rasgar-nos as fibras do
sentimento, dilacerando-nos a intimidade, assosseguemo-nos em Deus.
Se a consciência gritar, acusando-nos de erros perdidos no
silêncio do tempo, mas que nos atormentam o caminhar aconselhemo-nos com Deus.
Ele será sempre o amparo perante as dores do mundo e o
sustento nas necessidades mais íntimas.
Ao buscarmos Deus, seja qual for o nosso problema, ao
tranquilizarmo-nos em Deus, hauriremos o de que necessitamos para enfrentar os
desafios.
E, por fim, recordemos como nos ensinou Jesus, que mesmo um
homem mau jamais daria uma serpente ao filho se esse lhe pedisse um pedaço de
pão. Que dirá o Pai, que está nos céus, a cuidar de cada um de nós, Seus filhos
amados!
Ante os dissabores, mantenhamos nossa confiança em Deus que
nos mantém a vida e nos guarda em Seu amor.
Mesmo que a dor possa nos parecer além das forças, tenhamos
a certeza de que o Pai amoroso e bom está atento.
O que nos pareça excesso de sofrimento, logo mais, como
tempestade de verão, se acalmará, permitindo-nos ver o céu claro das bênçãos
celestes.
Redação do M. E.