Nos dias atuais, a ciência progride vertiginosamente no
planeta.
No entanto, à medida que se suprimem os sofrimentos do corpo, multiplicam-se
as
aflições da alma.
Nos países com padrão social mais elevado, impressiona o crescente número de
suicídios.
Os jornais estão cheios de notícias maravilhosas quanto ao progresso material.
Segredos sublimes da natureza são surpreendidos nos domínios do mar, da terra e
do ar.
Contudo, a estatística dos crimes humanos segue espantosa.
São frequentes as notícias sobre tragédias conjugais, traições e abandonos.
Nessa onda de loucuras, surgem novas e intrigantes enfermidades, físicas e
psíquicas.
A rigor, o homem moderno não se mostra preparado para viver com conforto.
Ele a cada dia mais domina a paisagem exterior, mas não conhece a si mesmo.
Quando são atendidas as necessidades do corpo, surgem imperiosas as carências
da alma.
Ressurge oportuna a reflexão de Paulo de Tarso, no sentido
de que tudo nos é possível,
mas nem tudo nos convém fazer.
Com horas livres e acesso à Internet, surge um mundo de possibilidades.
O homem pode se permitir as maiores baixezas nesse ambiente virtual.
Pode se viciar em pornografia, participar de conversas de baixo calão e
incentivar o ódio.
Contudo, na conformidade do que decidir viver, terá consequências inevitáveis.
Caso se conecte com as faixas infelizes da vida, a cada dia mais infeliz será.
Assim, no pleno uso da liberdade pessoal, é o momento de decidir o que se
viverá.
Não mais movido por convenções sociais, medo ou falta de opções.
Tudo é possível, mas convém fazer escolhas felizes e construtivas.
Instruir-se, voltar os olhos para o que de belo e puro há no mundo.
Cuidar para que as horas de folga sejam momentos de paz e aprimoramento.
Redação do M. E.
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