domingo, 18 de maio de 2014

JESUS E O PERDÃO

O Perdão é um dos capítulos mais singelos e importantes dos ensinos de Jesus. Antes dele, este tema não tinha recebido o destaque que merecia. O Nazareno já sabia dos inúmeros agravames que os ressentimentos produziam na alma humana e que somente o perdão seria capaz de libertar o indivíduo da escravidão de suas mágoas ou de seus remorsos. A felicidade seria o resultado de uma pureza espiritual e, como ser puro guardando rancor, mágoa, remorsos e ressentimentos?

O Sublime Terapeuta apontou alguns itens significativos sobre o Perdão:
a) TODOS ERRAM:
O Messias tentou fazer com que as pessoas tivessem a consciência de que todos erram, de que cometem faltas graves e que por isso não podem acusar severamente ou punir seu próximo sem compaixão.
b) QUANTAS VEZES PERDOAR:
O segundo ponto abordado pelo Mestre Galileu se refere ao perdoar sempre. A resposta que ele deu a Pedro de que deveríamos perdoar setenta vezes sete vezes tipifica que o perdão deve ser uma praxe do ser humano e que não haveria limites. O perdão não poderia ser uma porta que se abre e que se fecha aos nossos caprichos. Se Jesus ensinou é porque temos plenas condições de perdoar e de sermos perdoados.
c) A QUEM PERDOAR:
Jesus não fazia distinções entre os seres humanos. Sua proposta era perdoar a amigos e inimigos. Inclusive, ele deu o exemplo disso ao perdoar as indecisões de Pedro, o ato impensado de Judas e a todos aqueles que o caluniaram, perseguiram e o mataram.
d) QUANDO DEVEMOS PERDOAR:
Jesus nos recomendava perdoar enquanto estivéssemos a caminho. Ora, estamos a caminho nesta viagem de aperfeiçoamento. O perdão, assim, deve ser feito agora, e não deixá-lo para depois. Isso significa que a hora de perdoar é esta.

HÁBITO DE PERDOAR:
Podemos estar abertos ou não para a prática do perdão. No geral as pessoas necessitam ainda se abrirem para essa prática. Elas se encontram fechadas e muito poucas perdoam do fundo de sua alma.
A mágoa é como um espinho cravado dentro do indivíduo; enquanto não o retirar, ele produzirá sofrimentos.
A lei do perdão veio justamente para dizer ao ser humano que ele deve desinibir sua alma de quaisquer resquícios de remorso ou de ressentimentos. Ela estabelece um dos pontos importantes da felicidade humana: o perdão para si e para os outros.
Habitue-se, portanto, a perdoar.
Faça do perdão a sua estrada de paz interior.
Tenha a certeza de que o perdão é o fim de uma batalha consigo mesmo, com os familiares, com amigos e inimigos.

Fonte: Trechos extraidos do Livro: Educação dos Sentimentos – (Jason de Camargo)

sábado, 10 de maio de 2014

VISANDO LUCROS

Em todos os agrupamentos humanos, palpita a preocupação de ganhar.
O espírito de lucro alcança os setores mais singelos.
Meninos, mal saídos da primeira infância, mostram-se interessados em amontoar egoisticamente alguma coisa.
Mães numerosas abandonam seu lar a desconhecidos, a fim de experimentarem a mina lucrativa.
Pais deixam de dar atenção a sua família, enquanto multiplicam ao extremo as horas de trabalho.
Nesse sentido, a maioria das criaturas converte a marcha evolutiva em corrida inquietante.
No entanto, por trás do sepulcro, ponto de chegada de todos os que saíram do berço, a verdade aguarda o homem e interroga: O que você trouxe?
O infeliz tende a responder que reuniu vantagens materiais.
Diz que se esforçou para assegurar a posição tranquila de si mesmo e dos seus.
Examinada, porém, a sua bagagem, quase sempre as pretensas vitórias são derrotas fragorosas.
Elas não constituem valores da alma, nem trazem o selo dos bens eternos.
Atingida semelhante equação, o viajor olha para trás e sente frio.
Prende-se, de maneira inexplicável, aos resultados de tudo o que amontoou na crosta da Terra.
A sua consciência se enche de sombrias nuvens.
E a voz do Evangelho lhe soa aos ouvidos: Pobre de você, porque seus lucros foram perdas desastrosas.
E o que tem ajuntado para quem será?
É importante meditar sobre essa lição enquanto se está a caminho.
Os bens do mundo são preciosos enquanto instrumentos de realização da paz.
O trabalho é um meio de vida e não de morte.
A título de enriquecer ou ter mais conforto não compensa esquecer o essencial.
É inútil brindar os filhos com coisas e não se fazer presente em suas vidas, com palavras e exemplos dignos.
As posições tão cobiçadas no mundo sempre terminam por trocar de mãos.
Constitui loucura convertê-las no objetivo da existência.
É preciso viver no mundo, sem ser do mundo.
Fazer os sacrifícios necessários à vida na Terra.
Mas jamais esquecer que se está apenas de passagem por ela, com destino ao infinito.
Pense nisso.

Redação do M. E.
(Com base no cap. 56 do livro Caminho, verdade e vida – Emmanuel)