domingo, 27 de abril de 2014

APRENDAMOS A AGRADECER


Saibamos Agradecer as dádivas que o Senhor nos concede Cada Dia:
a largueza da vida;
   o ar abundante;
      a graça da locomoção;
         a faculdade do raciocínio;
            a fulguração da ideia;
               a alegria de ver;
                 o prazer de ouvir;
                   o tesouro da palavra;
                      o privilégio do trabalho;
                        o dom de aprender;
                           a mesa que nos serve;
                             o pão que nos alimenta;
                               o pano que nos veste;
as mãos desconhecidas que se entrelaçam no esforço de suprir-nos a refeição e o agasalho;
   os benfeitores anônimos que nos transmitem a riqueza do conhecimento;
      a conversação do amigo;
         o aconchego do lar;

           o doce dever da família;
               o contentamento de construir para o futuro;
                  a renovação das próprias forças...

Muita gente está esperando lances espetaculares da "boa sorte mundana", a fim de exprimir gratidão ao Céu.
O cristão, contudo, sabe que as bênçãos da Providência Divina nos enriquecem os ângulos mais simples de cada hora, no espaço de nossas experiências.
Nada existe insignificante na estrada que percorremos.
Todas as concessões do Pai Celeste são preciosas no campo de nossa vida.
Utilizando, pois, o patrimônio que o Senhor nos empresta, no serviço incessante ao bem, Aprendamos a Agradecer.

Emmanuel

segunda-feira, 21 de abril de 2014

FRUTOS DA GENTILEZA

Você já experimentou os frutos da gentileza? No mundo em que vivemos em que as pessoas parecem armadas umas contra as outras, em que saem às ruas medrosas, nem sempre os gestos de gentileza se fazem presentes, embora estejam se multiplicando.
Conta-se que um empregado de um frigorífico, na Noruega, certo dia, ao término do trabalho, foi inspecionar a câmara frigorífica. Inexplicavelmente, a porta se fechou e ele ficou preso dentro dela.
Bastaram alguns segundos para sentir a temperatura com seu peso absoluto. Situação indescritível. Congelamento rápido. Chocante. A temperatura em torno de dez graus abaixo de zero foi mais do que sentida em graus.
O funcionário bateu na porta com força, gritou por socorro, mas ninguém o ouviu. Todos já haviam saído para suas casas. Impossível que alguém o pudesse escutar.
O tempo foi passando. Debilitado com o frio insuportável, ele já se preparava para morrer.
Então, de repente, a porta se abriu. O vigia da empresa entrou na câmara e o resgatou, ainda com vida.
Depois de salvar a vida do homem, houve quem tivesse a curiosidade de saber por que ele fora abrir a porta da câmara frigorífica, desde que isso não fazia parte da sua rotina de trabalho.
Ele explicou, de forma simples: Trabalho nesta empresa há trinta e cinco anos. Centenas de empregados entram e saem daqui todos os dias. Ele é o único que me cumprimenta ao chegar pela manhã.
E se despede de mim ao sair. Hoje pela manhã, ele disse quando chegou: "Bom dia". Entretanto, não se despediu de mim, na hora da saída.
Aguardei um tempo, pois pensei que ele tivesse se detido em fazer algum trabalho extra. Contudo, como os minutos fossem se somando, de forma rápida, deduzi que algo estava errado.
Fui procurar por ele. A câmara frigorífica foi um local que me acudiu à mente pudesse ele estar. Foi assim que o encontrei.
* * *
Como se vê, a gentileza deixa marcas especiais nas criaturas.
Um gesto repetido todo dia, simples e que, ao demais, deveria ser nossa marca registrada de boas maneiras, salvou a vida de um homem.
Aquele homem era diferente de todos os demais. Ele fazia a diferença na vida do vigia que ficava ali, horas e horas, em seu posto de guarda.
Isso nos diz que o bem sempre faz bem a quem o pratica. Pode ter um retorno rápido, como no fato narrado. Pode ser algo que somente o tempo demonstrará.
O importante a se registrar é que a pessoa gentil cria ao seu redor um halo de tal simpatia, que contagia os demais.
Não nos esqueçamos disso e promovamos a gentileza em nossa vida.
Existem pequenos, simples gestos que dizem muito da nossa formação moral e interferem, positivamente, em muitas vidas.
Por isso, cumprimentemos as pessoas e incorporemos ao nosso vocabulário frases importantes, como: Desculpe-me. Olá, como vai? Obrigado. Por favor.
Palavras simples. Palavras mágicas para criar ambiente de harmonia, nos locais mais diversos.
Experimentemos!

Redação do M. E.

domingo, 13 de abril de 2014

JESUS E VIGILÂNCIA


Poucos são os que dão valor devido à vigilância, possivelmente por imaginarem que ela deva ser uma virtude dos piegas, daqueles que não sabem o que querem ou o que fazem, enfim, para os tolos ou para os frágeis.

Olvidam-se ou ignoram que o texto do Evangelista Marcos, no seu capítulo 13, versículos 32 a 37, se faz de grande importância e oportunidade para todas as almas, uma vez que a vigilância está no mesmo nível da oração, tendo-se que de nada adiantará o conjunto das orações na vida de quem não se acautela, de quem não guarda cuidados ou não vigila.

Vigilância no falar... portas abertas para o entendimento.
Vigilância no olhar... afastamento das sombras do pensamento.
Vigilância no ouvir... passos firmes contra a maledicência.
Vigilância no divertimento... vacinação contra o desequilíbrio.
Vigilância na convivência com próximo ... ajustamento às faixas da fraternidade.

Importante é que cada pessoa, no seu esforço por ser precavida, atenta aos movimentos da própria rota que empreende não se acostume ao fato de desmandar-se, de perturbar e ferir, ou de provocar infelicidades, semeando espinhos pelas estradas de todos, impensadamente, vindo a desculpar-se todas as vezes, como se fosse fácil para os outros a virtude do perdão e, para si, difícil fazer-se vigilante com seus gestos e atitudes, falas e desatinos, antes de cometê-los.

Caber aos amigos de Jesus a manutenção dessa indispensável virtude, acautelando-se em relação aos equívocos e aos males, pois ninguém sabe qual será o momento dos acertos com a consciência, ou quando o Senhor nos virá indagar sobre os nossos cometimentos, se de tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo ou se no amanhecer.

(Livro: Vida e Mensagem. J. Raul Teixeira por Francisco de Paula Vítor)
(texto recebido de Cristiano de Almeida)

domingo, 6 de abril de 2014

MEIOS E FINS

Os fins justificam os meios. Esta afirmativa é muito comum, mas nem sempre podemos dizer que é acertada.
Ouvimos, recentemente, essa desculpa de alguém que tentava ajudar um amigo, usando de expedientes ilegais e imorais.
No seu modo de pensar, ele entendia que se o fim objetivado é nobre, os meios utilizados para atingi-lo, estão justificados.
No entanto, esse tema merece uma reflexão mais detida.
O homem tem vivido com essas contrariedades e também acaba sendo vítima das suas próprias incoerências.
O ser humano deseja, ardentemente, ser amado e respeitado, ter seus direitos garantidos e seu bem-estar conquistado.
No entanto, acaba sendo vítima de si mesmo, nessa ânsia de chegar aos fins sem atentar muito para os meios utilizados.
Poderíamos dizer até, que o próprio homem também acaba sendo usado como um mero meio para se chegar aos fins desejados.
É o que acontece, em tese, numa boa parte das organizações modernas.
No mundo civilizado, das organizações, será possível ter reverência pelo próximo?
Na lógica das organizações não há próximos nem amigos. A lógica das organizações diz: cada funcionário é apenas um meio para o fim da organização, não importa quão grandioso ele seja!
Não importa quantos anos de sua vida ele tenha dedicado à empresa...
Não importam os seus sonhos, suas esperanças, seus planos para o futuro... Suas necessidades.
Se hoje não é mais um meio útil para se atingir os lucros desejados ou se está pesando na folha de pagamentos, ele é simplesmente descartado.
...Como qualquer outra máquina que tenha se tornado inútil!
Nesse caso, como em tantos outros, podemos afirmar que os fins não justificam os meios...
Um ser humano não é um meio. Sua felicidade plena é o fim almejado pelo Criador.
Os fins nem sempre justificam os meios.
É preciso que os meios sejam coerentes com os fins objetivados.
Não se pode combater um mal com um mal maior ou equivalente.
E, acima de tudo, é preciso que o homem não seja, jamais, usado como meio para se chegar a fins que não tenham relação direta com a sua felicidade e progresso intelecto-moral.


Redação do M. E.