Este companheiro desalentado, talvez tenha lutado até à
exaustão.
Aquele amigo que tombou na delinquência, provavelmente adiou
a hora do crime quanto pôde.
Esse conhecido que se arrojou ao vício, reagiu por muito
tempo, não havendo conseguido superar a circunstância ingrata.
Este outro cooperador que debandou da ação dignificante,
esforçou-se ao máximo das suas possibilidades, não logrando permanecer no
trabalho.
As criaturas em queda merecem compreensão antes que censura.
Algumas gostariam de encontrar-se em situação melhor e não
conquistaram os recursos para manter-se no bem.
Outras ainda lutam, intensivamente, sem que ninguém saiba.
Diversas têm sido heroínas anônimas agora em fracasso.
Todas anelam pela oportunidade de soerguimento, embora nem
sempre o demonstrem ou peçam ajuda.
Fixa-te no lado positivo dos seres e olvida-lhes o outro.
Não os rechaces.
É fácil simpatizar com pessoas afáveis e úteis, sempre
dispostas a ajudar e a servir.
Faz-se agradável a companhia de criaturas dignas, que
conquistam sem esforço.
Mesmo estas, no entanto, têm problemas; só que os não
conheces.
A Terra é escola-hospital de aprendizes e enfermos da alma.
Não há ninguém que aqui se encontre em clima excepcional.
Da mesma forma que sofres, que tens limitações, que anelas
pela paz e aguardas a felicidade, eles também, esses que compartilham das tuas
horas e estão no teu caminho.
Evita censurar as deficiências que observas no teu próximo.
Se não podes ajudar, silencia e desculpa, quando fores
atingido pelas imperfeições deles.
Não te desalentem os fracassos que anotas no comportamento
alheio.
Conheces a diretriz de segurança e te afeiçoas ao trabalho
do bem.
Permanece desse modo, confiante, voltando à gentileza para
com todos.
Sob qualquer esforço retira mágoas e desencantos das tuas
paisagens emocionais e recupera o OTIMISMO, com o qual te emularás ao avanço e
reconquistarás os que se afastaram, para que voltem à vida.
JESUS jamais desanimou, nunca recolheu ressentimentos, mesmo
quando abandonado após a traição e vencido pela urdidura da mentira, a fim de
tornar-se o Vencedor perene em todas as refregas.
Joanna de Angelis. In: Viver e Amar
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