Ilusão do ego, logo se dilui ante a linguagem espontânea dos fatos.
Responsável por expressiva parte dos sofrimentos humanos, fomenta a calúnia que lhe é manifestação grave e destrutiva - a infâmia, a crueldade...
A maledicência é-lhe filha predileta, por expressar-lhe os conteúdos perturbadores, que a imaginação irrefreada e os sentimentos infelizes dão curso.
Além desses aspectos morais, a mentira não resiste ao transcurso do tempo.
Sem alicerce que a sustente, altera a sua forma ante cada evento novo e de tal maneira se modifica, que se desvela.
Por ser insustentável, quem se apóia na sua estrutura frágil padece insegurança contínua.
Porque é exata na sua forma de apresentar-se, a Verdade é o inimigo normal da Mentira. A Verdade esplende ao sol dos acontecimentos e exterioriza-se sem qualquer exagero.
A Mentira é maneirosa, prefere a sombra e comunica-se com sordidez.
Uma é fruto da realidade; a outra, da fantasia, que não medita nas conseqüências de que se reveste.
A Mentira teme o confronto com a Verdade.
Aloja-se nas sombras, espraia-se às escondidas, e encontra, infelizmente, guarida.
A Verdade jamais se camufla, surge com força e externa-se com dignidade.
Não tem alteração íntima, permanecendo a mesma em todas as épocas.
Ninguém consegue ocultá-la, porque, semelhante à luz, irradia-se naturalmente.
Nem sempre é aceita, por convidar à responsabilidade.
Amiga do discernimento é a pedra angular da consciência de si mesmo, fator ético-moral da conduta saudável.
A verdade espera... Seus opositores enfermam, envelhecem e morrem, enquanto ela permanece.
A mentira é de breve existência. Predomina por um pouco, esfuma-se e passa...
JESUS, em proposta admirável, afirmou:
"Busca a Verdade e a Verdade Te Libertará".
Ninguém tem o direito de ocultar a verdade, qual se fosse uma luz que devesse ficar escondida.
Onde se encontre, irradia claridade e calor.
O seu conhecimento induz o portador a apresentá-la onde esteja, a divulgá-la sempre. Pelos benefícios que proporciona, estimula à participação, à solidariedade, difundindo-a.
Da obra: Sob a Proteção de Deus (Joanna de Angelis).
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