sábado, 29 de junho de 2013

NÃO TE DETENHAS

A calúnia afetou o teu comportamento, desanimando-te, porque lhe deste ouvido.
A maledicência causou-te danos porque lhe permitiste consideração.
A perturbação alcançou os teus ideais, porque fizeste uma pausa para conceder-lhe cidadania.
O ódio te macerou, porque o agasalhaste no amor-próprio ferido.
A disputa desgostou-te o trabalho, porque te permitiste engalfinhar na peleja imprópria.
A dúvida se estabeleceu em teus painéis mentais, porque paraste na ação, perdendo tempo de alto valor.
Os acusadores estão sempre em faixa inferior de vibração.
Concedeste-lhes atenção demasiada, esperando que a opinião geral fosse a teu favor e descuraste de auscultar a opinião de Deus.
Se trabalhas no bem e te acusam;
Se és generoso e te denominam estroina;
Se és humilde e te chamam parvo;
Se és disciplinado e te apontam como rigoroso;
Se és cumpridor dos deveres e te execram por isso;
Se insistes na prece e na ação evangélica e te menosprezam, esta é a opinião dos ociosos e dos fiscais da vida alheia, no entanto, não é o conceito que de ti faz o Pai de Misericórdia.

NÃO TE DETENHAS.
Não te deixes afligir pelas opiniões desencontradas que te chegam, gerando sombra ou tumulto.
Acata as sugestões que conclamam à ordem, que inspiram a paz e fomentam o progresso, sem extravagância nem acusação.
Sempre houve e haverá aqueles que produzem e aqueloutros que apenas opinam, acusam e perseguem.
Todos passam, mas a obra dos realizadores permanece, desafiadora, tempos a fora, felicitando as vidas em nome do Bem.

(Divaldo Pereira Franco por Joanna de Ângelis. In: Viver e Amar)

domingo, 23 de junho de 2013

AMBIENTE CASEIRO


A casa não é apenas um refúgio de madeira ou alvenaria, é o lar onde a União e o Companheirismo se desenvolve.
A paisagem social da Terra se transformaria imediatamente para melhor se todos NÓS nos tratássemos, dentro de casa, pelo menos com a Cortesia que dispensamos aos nossos amigos.
Respeite a higiene, mas não transfigure a limpeza em assunto de obsessão.
Enfeite o seu LAR com os recursos da Gentileza e do bom-humor.
Colabore no trabalho caseiro, tanto quanto possível.
Sem organização de horário e previsão de tarefas é impossível conservar a ordem e a tranquilidade dentro de casa.
Recorde que você precisa tanto de seus parentes quanto seus parentes precisam de você.
Os pequeninos Sacrifícios em família formam a base da Felicidade no Lar.

(Sinal Verde - André Luiz)

domingo, 16 de junho de 2013

SOU O QUE SOMOS

Todos temos sempre algo mais a aprender. Não somos pessoas acabadas às quais nada mais possa ser acrescentado.
É por isso que os que temos ouvidos de ouvir e olhos de ver nos encantamos com as pérolas que descobrimos em toda parte.
Quando menos se espera, eis uma preciosidade a se apresentar.
Não foi diferente com um antropólogo que foi à África com o objetivo de estudar usos e costumes tribais. Concluída sua tarefa, aguardava o transporte que o conduziria ao aeroporto, de retorno ao lar.
Observando as crianças que brincavam, resolveu propor uma brincadeira-desafio.
Adquiriu doces variados e os colocou em um cesto, com um belo laço de fita, debaixo de uma árvore.
Aí, chamou as crianças e lhes disse que quando ele gritasse a palavra: Já!, elas deveriam correr até o cesto.
O vencedor ganharia todas as guloseimas que ele continha.
As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse Já!, elas se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.
O antropólogo foi ao encontro delas e lhes perguntou por que tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.
Elas simplesmente responderam: Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?
Ubuntu é uma antiga palavra africana, cujo significado é humanidade para todos. Ubuntu também quer dizer sou o que sou devido ao que todos nós somos.
Que bela filosofia! Totalmente acorde ao amor ao próximo como a si mesmo, ensinado por Jesus.
Como posso ser feliz tendo tanto se meu irmão padece fome e frio?
Como posso ser feliz enquanto meu irmão padece por falta de medicamentos?
Por que devo desejar tudo para mim e não deixar nada para meu irmão?
Verifiquemos como, em tantas oportunidades, nós mesmos, na qualidade de pais, incentivamos nossos filhos a apanharem tudo que podem para si.
Basta que recordemos das festinhas, onde são distribuídos brindes e guloseimas.
Alguns pais chegam a entrar na brincadeira para conseguir algo mais para os seus filhos.
Estamos incentivando o egoísmo em detrimento do amor ao próximo, do partilhar, do ficar feliz repartindo com o outro.
Isso é um grande promotor do tudo para mim, sem me importar com o semelhante.
Pensemos nisso e principiemos a vivenciar mais o partilhar, o dividir, ensinando, ao demais, nossos filhos, desde pequeninos, a assim proceder.
Recordemos que todos ansiamos por um mundo melhor, mais justo.
Façamos a nossa parte, desde o hoje.

Redação do M. E.

domingo, 9 de junho de 2013

A TECNOLOGIA NOS DIAS DE HOJE

O casal adentrou o restaurante, acompanhado por seus dois filhos, que aparentavam ter aproximadamente oito e dois anos.
A mãe retirou da sacola dois aparelhos portáteis de dvd e uma coleção de dvd's com histórias infantis.
A cena chamou a atenção das pessoas presentes.
Logo que o jantar foi servido, as crianças colocaram seus pratos em sua frente e ao lado, mantiveram o pequeno aparelho conectado a cada um, por fones de ouvido.
O casal, comendo e conversando calmamente e os filhos, ilusoriamente comportados, se alimentando e assistindo, cada qual ao seu próprio filme.

Essa situação nos conduz a alguns questionamentos.
Onde está o diálogo entre os familiares durante o momento da refeição?
Onde está o respeito ao alimento, que nos traz a saúde e o bem-estar e que nos permite a manutenção da vida?
Onde está o limite que devemos nos impor ao uso da tecnologia, em relação a quando, onde e em que tempo devemos usufruir dela?
Quando nos sentarmos à mesa para nos alimentar, saibamos valorizar a companhia dos familiares e dos amigos, respeitando a presença de cada um e aproveitando esse convívio.

Quando nos alimentamos de qualquer maneira, sem dar a devida atenção ao que estamos ingerindo, estaremos dando pouco valor ao fato de termos o acesso ao alimento e também à sua qualidade.
É certo que o avanço tecnológico se faz hoje com uma velocidade que dificilmente acompanhamos. A inteligência humana é capaz de produzir feitos que há pouco tempo jamais imaginávamos possíveis.
Devemos agradecer a Deus a oportunidade de viver em um mundo onde, a cada dia, surgem mais possibilidades de manutenção da vida, através de descobertas que permitem vencer enfermidades antes tidas como incuráveis.
Através da criatividade e inteligência humanas, surgem criações que colaboram para que as pessoas se mantenham constantemente informadas e conectadas entre si.
Surgem, também, formas diversas de lazer e entretenimento que encantam e envolvem pessoas de todas as idades.
Diante de todo esse avanço tecnológico, saibamos usar a nossa sensibilidade e os valores pessoais para que possamos usufruir dele sem cometer excessos.
Que saibamos os exatos limites de tempo e de espaço ao lançarmos mão do uso desses modernos equipamentos.
Saibamos usar toda essa tecnologia que temos hoje à nossa disposição de forma positiva.
Não deixemos que o uso dela interfira negativamente ou substitua os ricos momentos de convívio com a família e com os amigos, nos quais devemos exercitar o diálogo, o respeito e a fraternidade.

(Redação do M. E.)

sábado, 1 de junho de 2013

O AMOR QUE SE IMAGINA

A busca de uma relação amorosa ideal costuma consumir muita energia.
Tem-se a ideia de que é impossível ser feliz sem fazer parte de um casal afetivamente ligado.
Com base nessa premissa, encontrar uma pessoa considerada especial converte-se em uma necessidade premente.
O amor deveria ser fonte de felicidade e plenitude.
Contudo, em se tratando do denominado amor romântico, isso nem sempre se dá.
Uma parcela considerável dos casais manifesta tristeza ou enfado com a relação em que se encontra.
De outro lado, quem está sozinho se exaspera com semelhante estado de coisas.


Ocorre que os vínculos que se estabelecem entre os seres podem ser de duas ordens.

A primeira e mais banal, origina-se da Atração Física.
Quem se deixa levar por ela não raro se arrepende.
Estabelecer vínculo com base em aparência equivale a comprar um produto apenas porque está bem embalado.
Sem maiores indagações quanto ao seu conteúdo e utilidade, a decepção é quase certa.
A atração física, como móvel exclusivo do desejo de união, sempre é um tanto temerária.
Ela engendra contínuas decepções, seja ou não correspondida.
Muitas vezes, alguém afirma amar perdidamente.
Imagina que nunca será feliz sem o ser amado e se tortura pela indiferença com que seu afeto é recebido.
Entretanto, esse amor imaginado provavelmente não resistiria ao convívio.
Porque não se efetiva o conúbio (casório), o outro parece possuir todas as qualidades.
Assume uma imagem ideal, na medida de sua inacessibilidade.
Contudo, se o desejo encontra receptividade, começa o teste das dificuldades do dia a dia.
Na convivência íntima, muitas vezes o sonho converte-se em pesadelo.
À míngua de real afinidade, as diferenças transformam-se em abismos.
Ocorre algo semelhante a quando se vê em uma loja um lindo móvel ou uma bela peça de decoração.
Malgrado a aparência sedutora, aquele bem não se harmoniza com a decoração da residência de quem o cobiça.
Caso a aquisição se efetive, em vez de algo útil e confortável, tem-se um problema.
Não porque haja alguma coisa errada com o bem em si.
Ele simplesmente não combina com o local onde é colocado.

Já as relações oriundas da Afinidade entre Almas trazem em si a promessa de felicidade.
Transcendem os problemas comuns da vida e mesmo se fortalecem com eles.
Não se fundam em aparências, mas em valores partilhados e projetos de vida em comum.
Talvez não ensejem violentos desejos e nem torturantes indagações.
Mas se embasam em afeto, ternura e respeito e amadurecem ao sol da experiência.

(Redação M. E.)