sábado, 24 de março de 2012

ALGUÉM PARA COMPARTILHAR


Um Filósofo, desde muito jovem, antes mesmo de se graduar em física, desenvolvia pesquisas em iniciação científica e se interessava por questões ligadas aos fundamentos da física, e à lógica matemática.
Em sua tese de doutorado, "Provas de normalização para a Lógica Clássica", assumiu o problema proposto por Per Martin Löf, que consiste em definir um conceito de "pior seqüência de redução" para as derivações.
Com este trabalho, que lhe valeu o prêmio Santista Juventude conseguiu provar que, se a pior seqüência de redução termina, então todas as seqüências terminam em uma única forma normal.
Você deve estar se questionando: o que vem a ser tudo isso?
Ele era profundo estudioso e conhecedor da teoria da prova, uma área específica da lógica matemática, mas resolveu deixar tudo isso de lado.
E sabe por quê?
Bem, porque ele sentia muita dificuldade em dividir seus conhecimentos com alguém, pois poucas pessoas conheciam essa área.
Então, ele deixou de lado essa matéria porque conhecia somente umas cinco pessoas com quem podia falar sobre o assunto, e algumas delas viviam fora do Brasil. 
Ele sentia necessidade de compartilhar suas idéias.
O ser humano tem necessidade de dividir seus sentimentos com alguém.
Por mais feliz que a pessoa seja, se não houver ninguém para compartilhar, a felicidade não faz sentido.
De que vale uma grande conquista, sem alguém que nos abrace e nos diga: parabéns, você venceu!?
De que adianta sentir uma grande alegria se não tiver ninguém para saber disso?
Não faz sentido sorrir, se não houver alguém para rir conosco.
Quando vemos um filme e algo nos chama a atenção, logo queremos falar sobre isso, contar para alguém, mesmo que esse alguém seja um desconhecido.
Enfim, a felicidade e a infelicidade são estados dalma para serem compartilhados.
Sem alguém para dividir conosco as nossas alegrias e tristezas, a vida fica sem sentido.
Foi por essa razão que o jovem matemático resolveu deixar de lado aquela área da lógica e tratar de assuntos que pudesse compartilhar, trocar idéias, discutir.
É verdade que existem áreas do conhecimento humano com as quais raros missionários assumem o compromisso de estudar e descobrir meios de torná-los úteis à humanidade.
Mas mesmo esses ilustres missionários não deixam de sentir, vez ou outra, a necessidade de compartilhar suas descobertas com alguém.
Na falta de quem os ouça, é bem possível que a depressão lhes faça companhia. Ainda assim se decidem pelo isolamento, por amor à causa que assumiram perante suas próprias consciências e pelo bem de seus semelhantes.
Pense nisso!
Sem alguém para compartilhar, não haveria abraços, nem apertos de mãos, nem troca de idéias...
Não haveria como dividir os medos, os anseios, os sonhos, as alegrias...
As pessoas que vivem isoladas, entram em profundas depressões, perdem a vitalidade e a vontade de viver...
Pense nisso e, se tiver com quem, compartilhe suas experiências.
Descubra a arte de compartilhar e perceberá que a vida lhe mostrará um colorido todo especial.

Fonte: Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em conversa com Cosme Massi


domingo, 18 de março de 2012

V I V E R


Viver não é uma tarefa muito fácil.
Em todas as fases da vida os desafios se apresentam.
Na infância, há os trabalhos escolares, as tarefas cada vez mais complexas.
Na adolescência, perceber o mundo pode ser bastante doloroso.
Na juventude, deve-se optar por uma profissão e desenvolver esforços para conquistá-la.
Na época da maturidade, surgem problemas com filhos e abundam desafios profissionais.
Na velhice, o balanço do que se viveu pode causar decepção, sem falar nas forças físicas em declínio.
Permeando tudo isso, há problemas de saúde e amorosos, além de dificuldades com a família.
A vida é repleta de encontros e desencontros, de despedidas, lutas, vitórias e fracassos.
Dependendo do ângulo que se analisa, a vida pode parecer um castigo, um autêntico peso a ser suportado.
E realmente os problemas são inerentes ao viver.
Desconhece-se alguém que tenha atravessado a existência sem enfrentar dúvidas e crises.
Entretanto, Viver é uma dádiva divina.
Embora a vida também envolva dores e sacrifícios, ela não se resume nisso.
Há a emoção do nascimento de um filho, a alegria de amar e ser amado, a beleza de um pôr-do-sol.
Depende de cada um escolher quais aspectos de sua existência irá valorizar.
É possível manter a mente focada na longa enfermidade que se atravessou, ou nas lições que com ela foram aprendidas.
Podem-se destacar os esforços feitos em determinada direção, ou a satisfação da vitória.
As experiências com que a criatura se depara voltam-se justamente a prepará-la para seu glorioso porvir.
É preciso que os instintos gradualmente percam sua força, dando lugar às virtudes.
Assim, amar não mais como manifestação de posse, mas de forma sublime, preocupando-se em ver feliz o ser amado.
Esquecer a tendência de dominar pela força, aprendendo a convencer pela lucidez dos argumentos.
Abdicar da violência, desenvolvendo a afabilidade e a doçura.
A vida chama as criaturas para um amanhã de Luz, de Paz e Ventura.
Se você quer ser feliz, desfrutar de bem-estar, passe a remar a favor da maré.
Dome seus vícios, conscientizando-se de que eles é que o infelicitam e tornam sua existência penosa.
Ame a vida, seja honesto, trabalhador, bondoso e puro.

Fonte: Redação do Momento Espírita.


domingo, 11 de março de 2012

SINCERIDADE


A pessoa sincera deixa ver através de suas palavras os nobres sentimentos de seu coração.
Assim, procuremos a virtude da sinceridade em nossos corações.
Sim, pois na forma de potencialidade ela está lá, aguardando o momento em que iremos despertá-la, e cultivá-la em nossos dias.
Se buscamos a riqueza do espírito, esculpindo seus valores ao longo do tempo, devemos lembrar da sinceridade, deste revestimento que nos torna mais límpidos, mais delicados.

Por que razão ocultar a verdade, se é a verdade que nos liberta da ignorância?
Por que razão usar disfarces, se cedo ou tarde eles caem e seremos obrigados a enfrentar as conseqüências funestas da mentira?
Por que razão dissimular, se não desejamos jamais ouvir a dissimulação na voz das pessoas que nos cercam?
Quem luta para ser sincero conquista a confiança de todos, e por conseqüência seu respeito, seu amor.
Quem é sincero jamais enfrentará a vergonha de ser descoberto em falsidades.
Quem luta pela sinceridade é defensor da verdade do CRISTO, a Verdade que Liberta.

Sejamos sinceros, lembrando sempre que esta virtude é delicada, é respeitosa, jamais nos permitindo atirar a verdade nos rostos alheios como uma rocha cortante.
Sejamos sinceros como educadores de nossos filhos. Primemos pela honestidade ensinando-lhes valores morais, desde cedo, principalmente através de nossos exemplos.
Sejamos sinceros e conquistemos as almas que nos cercam.
Sejamos sinceros, defensores da verdade acima de tudo, e carreguemos conosco não o fardo dos segredos, das malícias, das dissimulações, mas as asas da verdade que nos levarão em vôos cada vez mais altos.

Fonte: Redação do Momento Espírita

sábado, 3 de março de 2012

SER FELIZ OU ESTAR FELIZ

Será possível sermos felizes, em um mundo tão infeliz?
Um mundo onde mais da metade da população vive abaixo do nível da pobreza?
Um mundo onde há terremotos, tsunamis, furacões, inundações e seca?
Um mundo injusto, onde pouco mais de mil pessoas possuem riqueza, igual ou superior, à riqueza do conjunto de países onde vivem 59% da Humanidade?
É possível ser feliz num mundo assim? É possível ser feliz em um país como o Brasil, onde 46% da riqueza nacional está nas mãos de apenas cinco mil famílias?
Uma privilegiada cabeça brasileira, ao analisar a questão, separou a felicidade em dois tempos: o tempo vertical e o tempo horizontal.

O tempo vertical é o momento intenso, vibrante, de uma realização.
Pode ser a conquista de um título num campeonato, o ter passado no vestibular, o primeiro encontro amoroso, o nascimento de um filho.
Nesse tempo vertical, a pessoa está feliz. É um momento especial, mas passageiro.
Assim, pode-se estar atravessando intensas dores, graves problemas e estar feliz em alguns momentos: pelo diploma conquistado pelo filho, pelo emprego tão aguardado que se anuncia, pela viagem sonhada que se concretiza.

O tempo horizontal é o do dia a dia. Assim, a paixão, o ideal do amor eterno que faz a pessoa desejar estar com o outro é o tempo vertical, de estar feliz.
No relacionamento a dois, na rotina em que, por vezes, se transforma o casamento, há um desgaste natural.
Nesse momento, é que entra o diálogo, a tolerância, a renúncia, o cultivo da ternura, sem o que o amor esfria, até virar indiferença.
Nesse momento a pessoa pode ser feliz.
Feliz se tiver a capacidade de romper a rotina: inventar um programa, sair com amigos, ir ao teatro.

Inventar e reinventar cada dia.
Feliz se tiver a sabedoria para descomplicar às questões, acolher os limites, compreender e superar dificuldades.
Dessa forma, podemos estar felizes no dia que ganhamos uma promoção, um aumento de salário compensador.
Podemos estar felizes quando nosso filho volta ao lar, depois de longa viagem ou alguém muito querido nos visita.
São momentos intensos, vibrantes.
O ser feliz é o estado prolongado, sempre recriado e alimentado.
É a sabedoria de viver.
A felicidade, pois, é uma conquista.
Podemos sorvê-la em gotas homeopáticas, a cada dia, e sermos felizes.
Podemos sorvê-la, em grande dose em um momento, em um dia e estarmos felizes.
Podemos, pois, escolher, como desejamos a nossa felicidade: em tempo vertical ou em tempo horizontal.
Desejamos ESTAR FELIZES ou SER FELIZES?

Fonte: Redação do Momento Espírita