Nas palavras de Joana de Angelis, um caminho para reflexão:
A volúpia pela velocidade, em ânsia indomada de desfrutar-se mais prazer, ganhando-se o tempo, que se converte em verdadeiro algoz dos sentimentos e das aspirações, vem transformando o ser humano em robô, que perdeu o sentido existencial e vive em função das buscas, cujas metas nunca são conseguidas, face à mudança que se opera no significado de cada uma.
Sem dúvida nos robotizamos atrás de um PRAZER efêmero e sem rumo e que nos joga em um emaranhado de conflitos e frustrações.
A superpopulação das cidades, desumanizando-as, descaracteriza o indivíduo, que passa a viver exclusivamente em função do poder que pode oferecer comodidade e gozo, considerando as demais pessoas como descartáveis, pelo receio que mantém de ser utilizado e esquecido, em mecanismo inconsciente sobre o comportamento que conserva em relação aos outros.
O PODER, como meta e objetivo, vivemos de perto esse processo, quando nos envolvemos nos meandros da corrupção, ativo ou passivo, e nos permitimos levar pela ganância, pelo orgulho e pelo egocentrismo exarcebado.
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O Egoísmo passa a governar a conduta humana, e todos se engalfinham em intermita luta de conquistar o melhor e maior quinhão, mesmo que isso resulte em prejuízo calculado para aqueles que partilham do seu grupo social.
Nesse campo, eivado dos espinhos da insensibilidade pela dor do próximo, pelo abandono das multidões esfaimadas e enfermas, pelo desconforto moral que se espraia, os valores éticos, por sua vez, passam também a ser contestados pelos que se consideram privilegiados, atribuindo-se o direito de qualquer conduta que o dinheiro escamoteia e a sociedade aceita.
Não é exatamente a realidade que vivemos, no momento político em que estamos mergulhados, nas relações sociais e profissionais que vivenciamos, e muitas vezes no seio de nossas próprias famílias?
A inversão de conteúdos psicológicos individuais e coletivos demonstra a imaturidade moral e espiritual de indivíduos e grupos sociais, cujos objetivos existenciais vinculados durante a formação da personalidade, no utilitarismo, na conquista do poder para usufruir, na construção do ego que se insensibiliza, a fim de fugir à responsabilidade dos deveres da solidariedade e da participação.
Um dos problemas característicos dos países em desenvolvimento é a desigualdade social, no Brasil não é diferente. Isso ocorre entre as Regiões, Estados, Cidades e Bairros, refletindo em aspectos como a qualidade de vida, educação, segurança, entre outros. Uma pequena parcela da população brasileira é muito rica, enquanto a maioria é pobre; o que é um reflexo da grande desigualdade na distribuição de renda.
Políticas públicas devem ser desenvolvidas para proporcionar uma distribuição de renda mais igualitária, diminuindo a disparidade entre a população.
Políticas públicas devem ser desenvolvidas para proporcionar uma distribuição de renda mais igualitária, diminuindo a disparidade entre a população.
Investimentos em serviços públicos se fazem necessários (educação, saúde, moradia, segurança, etc.) de forma que eleve a qualidade de vida e, principalmente, dignidade para os cidadãos brasileiros.